VÍDEO: Jovens suspeitos de assalto são espancados por moradores

Na manhã de quinta-feira (10), o bairro Laureano, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi cenário de um violento episódio de justiça pelas próprias mãos. Dois jovens, suspeitos de tentativa de assalto, foram brutalmente espancados por moradores após serem flagrados em atitude suspeita, utilizando uniformes escolares, possivelmente como disfarce. O caso, registrado em vídeos que circulam nas redes sociais, reacendeu o debate sobre os limites entre autodefesa e violência comunitária.

De acordo com testemunhas, os jovens circulavam pelo bairro aparentando ser estudantes, o que levantou suspeitas entre os moradores. Ao tentarem cometer um assalto, foram rapidamente identificados e cercados por uma multidão enfurecida. Imagens gravadas no local mostram cenas chocantes de agressão, com os suspeitos sendo atingidos por socos, chutes e pauladas. “Eles acharam que iam enganar passando por estudante, mas a comunidade está atenta. Aqui é todo mundo trabalhador”, desabafou um morador que preferiu não se identificar.

A Polícia Militar foi acionada e chegou ao local minutos após o início das agressões. Os dois suspeitos, feridos, foram socorridos sob escolta e encaminhados a uma unidade hospitalar na região. Até o momento, não há informações atualizadas sobre o estado de saúde deles. A ocorrência foi registrada na 60ª DP (Campos Elíseos), que investiga o caso, incluindo a procedência dos uniformes escolares usados pelos jovens – se eram apenas um disfarce ou pertenciam a alguma instituição.

 

O incidente gerou intensa repercussão nas redes sociais, dividindo opiniões. Enquanto alguns moradores de Duque de Caxias celebraram a ação da comunidade como uma resposta à criminalidade, outros expressaram preocupação com a escalada da violência. “A revolta é compreensível, mas linchamento é crime. Quem participou pode responder por lesão corporal, tortura ou até formação de milícia”, alertou o delegado responsável pela investigação, em comunicado oficial.

Especialistas em segurança pública reforçam que ações de “justiça pelas próprias mãos” são perigosas e ilegais. “O sentimento de insegurança leva a reações impulsivas, mas isso pode agravar o ciclo de violência e trazer consequências graves para todos os envolvidos”, afirmou Mariana Costa, criminóloga da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A Polícia Civil informou que está analisando as imagens do incidente para identificar os agressores e esclarecer as circunstâncias do ocorrido.

 

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